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Uma história que começou em uma das incubadoras de Botucatu e que ganhou destaque recentemente em um dos portais de notícias mais importantes do Brasil. Foi o que ocorreu com a Fungibras, empresa botucatuense que começou a dar seus primeiros passos na produção de shiitake há aproximadamente 20 anos, na incubadora que hoje é administrada pelo Parque Tecnológico Botucatu, na Vila São Benedito, e que tiveram o exemplo registrado pelo Globo Rural.

Os irmãos Frederico e Guilherme Eira produzem, juntos, entre 18 e 20 toneladas de shiitake por mês e investem em tecnologia de cultivo em sua empresa. Eles estão hoje entre os maiores produtores de cogumelos do país.

Agrônomos, eles entraram no ramo há 20 anos, ao lado do pai, o pesquisador Augusto Ferreira Eira, hoje já falecido, que foi professor e pesquisador na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e teve um papel importante no desenvolvimento tecnológico do cultivo de cogumelos no Brasil.

Eles contam que numa parceria entre em Unesp e Fapesp, o pai desenvolveu um sistema inovador de esterilização para os substratos que são utilizados no cultivo do cogumelo, que impulsionou a produção. A novidade permitiu ganho em tempo e escala.

“O preparo do substrato, composto à base de serragem e farelo de cereais que recebe o micélio dos cogumelos (filamento que dá sustentação ao fungo na terra), precisa passar por criteriosa esterilização, a fim evitar futura contaminação por outros fungos e bactérias, e é uma das etapas realizadas quando o processo de cultivo é feito em câmaras com cultivo climatizadas”, afirma Frederico Eira.

Segundo ele, o sistema desenvolvido pelo permitiu uma esterilização dinâmica, em substituição às tradicionais autoclaves, executando todas as operações necessárias: homogeneização, esterilização, resfriamento, inoculação e extrusão do substrato.

Os dois irmãos continuaram investindo e hoje contam com uma produção especializada e verticalizada, em uma empresa de 65 colaboradores.

“Produzimos desde as sementes, inoculação, produção, seleção e embalagem dos cogumelos para diferentes demandas e formatos, até a entrega”, comenta Eira.

Ainda que o cogumelo venha ganhando espaço no país, ele diz que o aumento de custos de produção e a queda do poder aquisitivo do consumidor brasileiro são desafios.

“A população tem culturalmente inserido mais os cogumelos na gastronomia, mas trata-se de um produto com maior valor agregado, o que impede um aumento mais rápido”, avalia.

Confira a reportagem completa em: https://globorural.globo.com/agricultura/hortifruti/noticia/2023/08/cogumelo-ganha-espaco-no-prato-e-cultivo-cresce-no-brasil.ghtml

 

*com informações do Globo Rural


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