1550169031937 (1)

Entre as 50 propostas selecionadas, a startup botucatuense PIPA ficou entre os dez melhores projetos do estado.

 

O projeto PIPA (Plataforma Interativa para Professores e Alunos), iniciativa da cidade de Botucatu, conquistou o 9º lugar na classificação para aporte financeiro de até R$ 80 mil do Centelha-SP, programa executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

As propostas de empreendedorismo foram desenvolvidas durante a Trilha de Empreendedorismo e Inovação, do Centro Paula Souza, que tem como porta de entrada a Escola de Inovadores, curso de extensão gratuito destinado a ensinar pessoas com espírito empreendedor a transformar ideias em modelos de negócios. Paralelamente, a entidade oferece consultorias para startups por meio do “Programa INCUBE”, do Parque Tecnológico de Botucatu.

 

“O programa do INOVACPS, com conjunto como o suporte oferecido pelo INCUBE, deu uma formação sólida para estruturarmos nosso projeto de acordo com as dores do mercado educacional, que foram validados pelos órgãos de fomento. Os critérios de avaliação do Centelha-SP foram abordados durante as atividades propostas pela Escola de Inovadores. Somos gratos ao suporte que nos foi ofertado”, diz Hermínia Tozadore, sócia da PIPA. Ainda de acordo com Hermínia, a PIPA pretende revolucionar o processo educacional através de treinos diários de curta duração.

 

Pesquisa que virou negócio

 

A PIPA é uma união do sonho e das pesquisas dos membros da equipe envolvida. Boa parte do trabalho foi realizada com robôs reais e, agora, as ideias foram adaptadas para um robô virtual (avatar), diminuindo o custo da plataforma. Os trabalhos geraram diversas publicações em revistas e congressos internacionais, como a IEEE Transactions on Cognitive and Developmental Systems e a Latin American Symposium Robotics, ganhando prêmios como Menção Honrosa pelo mestrado e quarto lugar pelo doutorado no Concurso de Teses e Dissertações em Robótica de dois dos integrantes da equipe. Os registros da marca e a propriedade intelectual já são resguardados pelos artigos e por processos de registro de software em andamento.

 

A plataforma é inovadora por utilizar Inteligência artificial, individual e interativa para conduzir os alunos do ensino fundamental, propondo novas questões de acordo com sua necessidade e medindo seu desempenho em tempo real.

 

“Certamente a vantagem desse projeto esteja na qualidade técnica do time que foi montado, bem como na objetividade do plano de negócios, estrategicamente projetado para suprir uma demanda reprimida das escolas diante da defasagem de ensino causada pelos eventos sanitários dos últimos semestres”, afirma Daniel Lopes, diretor do Parque Tecnológico de Botucatu.