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Na última quarta-feira, 10, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), laçou a Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Transformação Digital.

 

A organização social, supervisionada pelo ministério, se propõe a intensificar os projetos de PD&I de maior complexidade tecnológica e incentivar o desenvolvimento de tecnologias digitais que possam ser aplicadas na indústria nacional. Em cinco anos, estima-se que ao menos R$80 milhões estejam disponíveis para projetos voltados à indústria brasileira.

 

No evento online de lançamento do programa, o ministro Marcos Pontes, do MCTI, enfatizou a importância do “tripé” da ciência, tecnologia e inovações como alavanca do desenvolvimento nacional, sendo a transformação digital parte indissociável dessa evolução. O ministro defende a união dos trabalhos do ministério, da EMBRAPII, de empresas, ICTs e universidades para que esse objetivo seja alcançado.

 

José Guimarães, diretor-presidente da EMBRAPII/MCTI, também falou no evento. “O lançamento dessa nova rede possibilita a inovação aberta, e o segmento é importante para explorarmos nos próximos anos os recursos que vêm do modelo operacional da Lei de Informática e do Rota 2030”, afirma Guimarães.

 

Na questão financeira, o apoio aos projetos de empresas poderá chegar a até 50% do valor total com recursos não reembolsáveis. A expectativa é que em 5 anos mais de R$160 milhões em recursos tenham sido investidos em projetos de inovação, visto que o modelo de financiamento da EMBRAPII/MCTI exige a contrapartida financeira por parte do setor empresarial.

 

Além dos recursos, a rede de 21 unidades EMBRAPII também disponibilizará profissionais qualificados e equipamentos de ponto para o desenvolvimento de produtos inovadores e inovações no setor de processos produtivos industriais.A Rede de Inovação em Transformação Digital vai se organizar em quatro comitês técnicos: operacionalização; startups; infraestrutura e veículos autônomos e mobilidade. A presidência do projeto será rotativa e ficará inicialmente sob a liderança do Instituto Eldorado.

 

As modalidades de fomento serão quatro. O tipo 1 será destinado aos projetos “tradicionais”, focado em grandes e médias empresas, com Receita Operacional Bruta (ROB) maior que R$ 90 milhões no último ano. O aporte destinado a elas será de 33%.

 

O tipo 2 se concentra nos projetos cooperativos, que envolvem duas ou mais empresas de diferentes portes para soluções. Nesses casos, a ROB deve ser inferior ou igual a R$90 milhões, e o aporte dirigido será de 50% do portfólio do valor dos projetos.

 

O tipo 3 se destina aos projetos de pequenas e médias empresas e startups, com aporte de até 50% do portfólio. A ROB deve ser inferior ou igual a R$ 90 milhões no caso das pequenas empresas, ou inferior a R$ 16 milhões no caso das Startups.

 

Por fim, o tipo 4 se encarregará das ações complementares com startups. Essa modalidade é de ações complementares aos projetos de PD&I de startups, apoiando um ciclo completo de fomento. Como as startups ainda se encontram em formação, requerem apoio adicional. Assim, a EMBRAPII dará contrapartidas para dispêndios como homologações ou certificações, provas de conceito, lotes piloto, registro de propriedade industrial, além de serviços de assessoria qualificada em inovação, design, modelagem de negócios, entre outros, desde que relativos ao projeto de P&D originalmente desenvolvido em parceria com a Unidade EMBRAPII.

 

*Texto feito com informações da EMBRAPII/MCTI


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