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O Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp de Botucatu, em parceria com o Instituto Vital Brazil de Niterói – RJ, desenvolveu o primeiro e único tratamento contra picadas de abelha africanizada.

 

Visando inovação na área da saúde, o projeto foi idealizado por um grupo de pesquisadores da Unesp, incluindo Rui Seabra Ferreira Jr, coordenador executivo do Cevap, e Benedito Barraviera, membros do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação (NEI) do Parque Tecnológico Botucatu. Após a apresentação do produto à reitoria da Unesp, o soro apílico agora passa a ser testado em humanos. Além da participação dos pesquisadores da instituição, mais de 200 pessoas do país todo puderam acompanhar o evento online.

 

Após dez anos de desenvolvimento e cinco anos de produção, agora com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), com apoio do DECIT – Ministério da Saúde, a primeira fase de ensaio clínico vai envolver 20 participantes que foram picados por abelhas africanizadas.

 

Os testes serão realizados em Botucatu (SP), Tubarão (SC) e Uberaba (MG). As fases I e II do ensaio clínico devem durar cerca de um ano. Em seguida será realizada a fase III de testes, em que pelo menos 300 pacientes receberão o soro. 

 

A expectativa dos pesquisadores envolvidos é alta. O coordenador executivo do Cevap, Rui Seabra, ressalta que “é um imenso prazer entregar à população brasileira um produto tão importante”. O professor de infectologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, Benedito Barraviera, finaliza dizendo que esse é um momento mágico que todo pesquisador gostaria de viver em sua carreira.


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