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Após três dias de intensas atividades no Parque Tecnológico Botucatu, o I Simpósio de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (Simebb), realizado de 16 a 18 de abril, chegou ao fim superando as expectativas dos organizadores. Foram quase 200 participantes inscritos, cerca de 30 trabalhos apresentados na forma de pôster, 28 palestras, seis minicursos e duas mesas redondas.

“O saldo foi muito positivo, pelo número de inscritos e de patrocinadores, pela quantidade de palestras e o número de trabalhos apresentados logo na primeira edição. O público também superou nossas expectativas. A maior parte dele foi formado pelos alunos do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (EBB) da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, mas houve participantes de outros cursos da Unesp e de outras instituições. Também tivemos trabalhos inscritos de outras instituições. Portanto, o evento conseguiu agregar e transpor barreiras”, comenta a professora Lilian Cristina Pereira, presidente da Comissão Organizadora do Simebb.

Com o sucesso do Simpósio, os organizadores já começam a pensar numa segunda edição. “Partimos do zero nesse primeiro evento. Não tínhamos uma verba inicial. Estamos muito gratos pela ajuda dos parceiros e patrocinadores. Agora, nossa intenção é que o Simebb se torne uma tradição, sendo realizado a cada dois anos. Para 2020 nossa meta é manter essa qualidade ou, se possível, melhorar”.

Alunos

A participação dos estudantes do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da FCA na realização do evento foi muito destacada por docentes que integraram a Comissão Organizadora. “Foram os alunos que tomaram a maior parte das decisões, selecionaram os palestrantes, enfim, eles é que formataram o evento. Nós só orientamos sobre algumas coisas. A professora Lilian cuidou mais da parte científica e nós procuramos ajudá-la, mas foram os estudantes os responsáveis por fazer o evento acontecer e esse exercício de proatividade é muito importante para eles”, afirma a professora Valéria Cristina Rodrigues Sarnighausen. “O planejamento e a gestão ficaram a cargo dos alunos. Eles fizeram um belíssimo trabalho, um apoiando o outro, trabalhando em equipe, valorizando as diferentes habilidades de cada um. Pequenos imprevistos sempre acontecem, mas eles souberam administrar tudo com muita competência”, complementa a professora Carla dos Santos Riccardi.

Aruã Prudenciatti, aluno do terceiro ano do curso de EBB, foi um dos integrantes da Comissão Organizadora. “Foi uma experiência difícil, mas muito enriquecedora. Tivemos que fazer contato com os palestrantes, dedicar um tempo a mais do que já dedicamos para a faculdade normalmente. Mas poder estar aqui hoje, ver oportunidades se abrirem para os alunos do curso, receber informações sobre empreendedorismo e sobre a área acadêmica traz a certeza de que valeu a pena”.

Aluna do 5º ano, Luciana Balter Francisco também gostou de participar da organização do Simebb. “Certamente essa experiência de estar na organização de um evento desde o seu planejamento agregou muito na minha formação. Todas as atividades extracurriculares de que participamos contam muito. Aqui, o contato com os participantes, com as empresas patrocinadoras e os palestrantes fez valer a pena todo o esforço”.

O trabalho em equipe também foi um aspecto destacado pelos estudantes. “Foi muito legal trabalhar com meus colegas. Éramos uma comissão grande, então foi tranquilo dividir as tarefas entre todos e cada um conseguiu suprir uma área. Acho que conseguimos lidar bem com as diferenças e fazer um bom trabalho”, diz Aruã. “Trabalhar junto, ajudar a organizar e saber articular são atividades muito importantes. Quem faz parte de uma comissão grande como a nossa precisa aprender a ouvir e a colocar sua opinião da maneira correta. Adquirir essa capacidade tem um valor que não pode ser mensurado. Além disso, acabamos tendo um contato muito maior com pessoas de anos diferentes do curso.”, completa Luciana.

Zebrafish

Além da ampla, diversificada e elogiada programação do I Simebb, o evento ainda contou com uma atração especial: a exposição “Plataforma Zebrafish: a construção de uma rede”, coordenada por Mônica Lopes-Ferreira, do Centro de Pesquisa em Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular (CeTICS) do Instituto Butantan, também palestrante do Simpósio.

A mostra é composta por desenhos, fotografias, projeto gráfico e de comunicação visual que retratam as formas de uso do “peixe paulistinha” como modelo de pesquisa, além de curiosidades sobre o animal. A exposição tem como objetivo apresentar ao público as diferentes aplicações do Zebrafish (Danio rerio) - também conhecido como paulistinha, que pode substituir mamíferos como modelo animal em pesquisas em laboratório, pois tem 70% de semelhança com o genoma do ser humano - e também desenvolver técnicas de criação e manejo.

A exposição itinerante percorrerá 26 instituições do país, componentes da rede zebrafish. O Parque Tecnológico Botucatu, por conta do Simebb, foi a sexta instituição a receber a mostra.

Trabalhos premiados

Ao final do evento, aconteceu a premiação dos trabalhos científicos apresentados, divida nas áreas Saúde, Ambiente e Energia. Os premiados foram:

Saúde:

1° - Matheus Chiaradia de Souza

2° - Janaína Macedo da Silva

3° - Gabriel Soares da Silva

Energia:

1° - Lucas Balieiro de Carvalho Brito

2° - Mariana Teresa Barduco Ferreira

3° - Giovana Roberta Francisco Bronzato

 Ambiente:

1° - Bruno Galdino Araújo

2° - Simone Graziele Moio Velozo

3° - Richardson Barbosa Gomes da Silva

O I Simebb foi uma realização do curso de graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da FCA/Unesp, Parque Tecnológico Botucatu, LINAbiotec, Bioprox Jr. ,Metrohm, Alesco, Zilor, Biorigin, Sellex, Infors HT, Rock & Roma, Areté, EAT temaki e Açaí da Barra.


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